sexta-feira, 29 de julho de 2011


Eu e essa minha mania de escrever cartas... Sempre escrevo, sempre. Escrevo coisas que não tenho coragem de falar pessoalmente, talvez um dia tenha-a, mas hoje não. Escrevo porque não tem como mentir para si mesmo, não tem como você querer escrever algo que não está sentindo, não ali. Quando se tem um papel e uma caneta em mãos as palavras saem mais vagarosas, são mais pensadas, cuidadas. O medo de errar e estragar o papel e os sentimentos é maior.

E hoje eu estava pensando nesse medo que temos de descrever nossos sentimentos para alguém. Quem nunca teve que atire a primeira pedra. E eu tenho um medo absurdo, porque sei que por mais que escreva nunca conseguirei falar exatamente o que quero e o que sinto. Sempre vai ficar a sensação de que falta algo. Então, escrevo, pego outra folha, reescrevo, rasgo, escrevo e guardo. E a coragem de entregá-las nunca chega. Vem coragem, nem que seja de mansinho, mas venha.

sábado, 23 de julho de 2011


"Quando a gente gosta, a gente começa emprestando um livro, depois um casaco, um guarda-chuva, até que somos mais emprestados do que devolvidos. Gostar é não devolver, é se endividar de lembranças."

[Carpinejar]

sexta-feira, 22 de julho de 2011


E chega uma hora que nada mais acontece. Então você começa a escrever, pra ver se essa aguniazinha passa. Numa tentativa inútil de fazer parar a dança de borboletas dentro de você. Nada faz esquecer, nada. Antes você pudesse apertar um botãozinho agora-não, e simplesmente passaria esse pensamento. Mas essa mágica não acontece, porque mágica só acontece para transformar as coisas ruins em boas. Isso já é algo bom, não precisa mudar. E por mais que você não queira arriscar, esse pensamento insiste em dizer que assim você ficará feliz. O coração dá sinais de que vale a pena este momento. Mas parece que você insiste em se adiar. 

quarta-feira, 13 de julho de 2011



"Coisa bem bolada essa dos braços se encaixarem.
Uma possibilidade tão perfeita que parece que já foram 
imaginados também com esse propósito.
Mas o melhor abraço não é a ideia dos braços facilitarem o encontro dos corpos.
O melhor do abraço é a sutileza dele.
A mística dele. A poesia.
O segredo de literalmente aproximar um coração do outro para conversarem no silêncio que dá descanso a palavra.
O silêncio onde tudo é dito sem que nenhuma letra precise se juntar à outra.
O melhor do abraço é o charme de fazer com que a eternidade caiba em segundos.
A mágica de possibilitar que duas pessoas visitem o céu no mesmo instante."

[Ana Jácomo]

terça-feira, 5 de julho de 2011


"Hoje eu só quero abrir um sorriso e passar pela ponte que liga o sonho à alma."

[Michelle Trevisani]




segunda-feira, 4 de julho de 2011


Tentam me fazer acreditar que o amor não existe, mas eu não acredito nessa história, não-não-e-ponto. Outros dizem que sonhos já estão fora de moda. E qual é o problema? Eu não gosto do que está na moda. Mesmo que tenham tentado cavar um buraco bem fundo para enterrar meus sonhos, um a um, como fizeram com o deles, não desisto. Eu procuro os bons sentimentos nas pessoas. Acredito em um mundo diferente. E vou criando esse mundo em que eu possa viver. Fazendo novas fotografias para compor uma nova história. Buscando melodias diferentes para dançar. Eu sou teimosa, e insisto em desentortar os caminhos.

A busca pela verdade, pode ser cansativa, mas eu não desisto dela. Continuo com o sorriso no rosto, mesmo quando ele quer desaparecer. Muitas vezes ele parece querer. Mas eu não quero. É verdade, ninguém consegue ser totalmente feliz a todo instante, mas se eu me esforçar consigo ser em boa parte desse tempo. Assim, vou continuando. Insisto na caminhada. Porque eu aprendi, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. E nisso sim, eu acredito até o fim.