domingo, 30 de outubro de 2011


Quando você está tentando fazer o caminho de volta encontra Ele perguntando: Porque você me procurava do lado de fora? Porque você me confundiu com os amigos da jornada? Porque você me confundiu com as as atribuições, tarefas, missões, causas, responsabilidades humanas? Porque você pensou que eu seria seu por osmose? Porque você não me procurou neste ambiente mais profundo que é a casa do meu Pai em você? Porque você não manteve o vínculo comigo todo dia, toda hora, o tempo todo, sem cessar? Essa viagem de volta, individual, precisa ser feita, para encontrar a essência do que Ele realmente é. 

terça-feira, 25 de outubro de 2011


Em alguns momentos eu tenho medo de escrever. Acho que as palavras são ingênuas ao quererem aparecer. A ânsia por sair e se libertar da mente deixam elas inquietas. E eu não tenho coragem de pará-las, e nem conseguiria. Preciso externar o mínimo do que passo horas e horas remoendo dentro de mim.

Estou sempre escrevendo, é algo que não dá mais para voltar atrás. Pedaços de papéis abandonados, bloquinhos e pensamentos. O que vou encontrando pela frente vou deixando um pouquinho de mim. Escrever me acalma. São muitas palavras insistindo para serem formadas. Muito nervosismo, muitos pedidos de ajuda e um coração precisando ser aliviado.


Mas sabe por que o medo? Porque as pessoas tentam te decifrar através de uma única frase, não entendem que o que elas lêem é apenas um retalho dessa confusão que está dentro. Que quando os dedos conseguem falar é a mente implorando para ficar um pouco mais tranquila. Escrever é uma forma de dizer eu-quero-continuar-seguindo, mas antes deixa eu descarregar um pedacinho dessa bagagem pesada.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011


Parece que vai ser sempre esse ciclo. Eu penso em mil maneiras de te esquecer. Brigo com meus sentimentos. Digo a mim mesma que não é possível alguém ficar apaixonada sozinha. Me conformo com essa nova ideia. E de repente você decide ser a pessoa mais gentil da multidão, dar um abraço daqueles de tirar tristeza, brinca, diz que tem saudade.

Isso poderia demonstrar apenas uma bela amizade. Só que eu tenho uma mania de querer ler as entrelinhas, de reparar na maneira que você me olha quando acha que não estou te olhando, no jeito apertado de abraçar sem querer soltar e no sorriso sem graça quando fico olhando para você sem dizer nada. Eu e minha mania de vasculhar sinais no meio desse turbilhão de sentimentos. Até quando será que vai durar isso de dar dez passos para frente e cem para trás, de acreditar desacreditando, de querer viver e não saber como? Minhas perguntas parecem ficar sem fôlego.

sábado, 15 de outubro de 2011


Eu tenho uma porção de coisa para te dizer sim, dessas que não é todo dia que a gente fala. Falamos sobre tudo, mas desviamos as palavras mais importantes. Acho que isso é um mal da maioria da pessoas, o que realmente importa a gente vai deixando para depois, adiando. Temos a mania de achar que um tempo eterno nos pertence. Sabe, o que deixa as coisas mais difíceis de serem ditas é porque nunca se sabe como serão ouvidas. E a gente acaba deixando as palavras assim, caladas. 

domingo, 9 de outubro de 2011


"Tem gente que é casa para morar."

Cris Carvalho