segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

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E por mais que quisessem ter certeza que não, os dois sentiam falta um do outro.

"Quando é que a gente vai se ver?" ele perguntava no meio de uma tarde aparentemente qualquer, mas ela sabia que aquela tarde não era qualquer, e muito menos um lembrete casual. Era a tarde deles. O dia em que separavam para sorrirem juntos, se divertirem no parque e apostar corridas.

Ele adorava o jeito dela ao desafiá-lo. Ela adorava o jeito dele ao se sentir desafiado. Tinham uma ligação que parecia nunca desatar, eles juntos esqueciam o mundo e todos aqueles blablablas. Sentiam liberdade para serem quem queriam, não precisavam se sentirem aceitos pelos padrões. E todo o resto era apenas resto.

Mas em uma das voltas do mundo tudo ficou diferente. Preferiram não encontrar uma explicação. Apenas ficou estranho e esquecido. Isso ainda doía, aquela d-o-r-z-i-n-h-a de estimação, que insistem em manter por perto. E os dois continuavam ali, em lugares extremos do mundo, se perguntando quando iriam se encontrar outra vez.   

"Quando é que a gente vai se ver?". Não precisavam de respostas.