segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Um caminho de escolhas e estudantes indecisos




O que será que se passa na cabeça de um estudante que está prestes a sair do ensino médio e já deve escolher qual será sua futura profissão? A certeza de ter realizado a melhor escolha nunca é total, sempre tem uma certa indecisão, o medo de não ter uma carreira de sucesso ou não obter a tão sonhada realização pessoal. Especialistas garantem que a insegurança diante da escolha profissional é um sintoma normal e que faz parte do processo de amadurecimento do aluno.

No Brasil cerca de 390 mil alunos se inscrevem em vestibulares em todo o país. Desse total, menos da metade consegue ingressar nas universidades. Atualmente os estudantes se vêem diante de uma infinidade de opções de carreiras a seguir. Nesse momento surgem as dúvidas, incertezas e medos. Mas entre eles também estão os decididos. A estudante Vivian Oliveira optou pelo o curso de Serviço Social, ela diz estar segura da escolha feita e que isso foi o que sempre quis e ainda completa “a profissão de minha escolha reflete o que quero para minha vida, tenho consciência de que preciso contribuir com a melhoria da sociedade”. Nem sempre é isso que acontece, já a estudante Klivia Priscillia que escolheu o curso de Engenharia de Materiais diz que não se sente segura se é isso que quer para o seu futuro profissional, “É complicado escolher um curso entre tantos (...) É uma grande escolha para um futuro inteiro” afirma a vestibulanda. Laís Alberto não tinha certeza de que caminho seguir e selecionou o curso de Engenharia Ambiental dentre as suas afinidades. “não tive aquela paixão por nenhum curso, aquela do tipo que você sabe o que quer fazer pro resto da vida.”

A escola se apresenta como uma aliada neste processo. Existe um método utilizado nelas que é o do teste vocacional, como forma de tentar esclarecer as dúvidas de alguns estudantes em relação ao seu curso, no caso de Klivia Priscillia “ajudou sim, é um ótimo meio para sentir um pouquinho mais confiante na escolha que fiz” só que nem sempre ele é eficaz, como afirma Vivian Oliveira “cada teste que eu fazia dava um resultado diferente, em minha concepção os testes vocacionais servem mais para confundir do que para solucionar”.

A história de que pais fazem pressão na decisão da profissão dos filhos ficou no passado. Hoje os jovens estão mais contestadores e buscam cada vez mais a realização própria. Até porque no fim sabemos que essa é uma escolha pessoal. Por mais que vários fatores contribuam ou dificulte essa escolha deverá ser feita, mesmo que depois aconteça do estudante não se identificar e ter que optar por outro caminho, mas isso só se saberá após a primeira decisão.






P.s.: Essa matéria eu fiz como atividade para entregar ao professor.
Muito obrigada as meninas que contribuiram, respondendo as entrevistas.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ela...



"Vai no fundo da saudade e me traz, traz esses olhos que eu não esqueço nunca mais"
Penso em Ti - Jorge Vercillo


Ultimamente as saudades chegam e não estão passando. Hoje eu tava me lembrando dela. São vagas as lembranças que eu tenho dos dias de convivência, mas são marcantes, sem sombra de dúvida. Eu era tão pequena.

Da sua voz eu não tenho mais lembrança. O tempo se encarregou de retirar da minha memória, mas no meu coração eu lembro de suas palavras, tão doces e generosas. Eu me lembro dos olhares, sinceros e puros. Seu rosto era suave. Segurar na sua mão me trazia confiança. O seu abraço era traquilizante.

Ela sempre me defendia em qualquer circunstância, sei que as vezes estava até errada mesmo, mas ela sempre se mostrava como alguém que estaria do meu lado, não importasse o que falassem de mim. Lembro das vezes em que ela foi reclamar com a professora por passar tantos exercícios no mesmo dia, porque segundo ela uma criança de 7 anos não conseguiria escrever de 1 a 1000 em um dia só.

Ela quebrava algumas regras pra me fazer feliz. No meu mundo de criança acredita que eram verdadeiros crimes, mas ela sabia que eram coisas inocentes. Como da vez que eu tava internada e só me traziam suco de caju com biscoito salgado, e ela levou escondido guaraná e salgadinho. Ela não gostava quando meus pais reclavam comigo. Ela me comprava livros. Eu ia com ela ao supermercado.

Os passeios ao lado dela eram tão divertidos. Eu a admirava, era querida por todos aonde quer que chegássemos. E sempre esbanjando um sorriso de uma sinceridade inquestionável. Na sua simplicidade ela me ensinou, mesmo que em pouco tempo, um modelo de uma mulher a ser seguido. Ela era forte, guerreira, honesta. Só que não respeitava seus próprios limites e queria carregar o mundo dos outros nas costas. E muitas vezes esquecia dela própria. Quando conversavámos ela fazia planos para o futuro, um futuro que hoje não existe. E ela dizia "Tuany, quando você crescer...". Hoje eu cresci e queria ela perto de mim, para poder compartilhar os momentos que foram prometidos que seriam compartilhados. Queria poder contar minhas vitórias, momentos especiais e dividir angústias. Acho que se orgulharia de mim. Ela sempre dizia que quando ficasse bem velhinha eu iria cuidar dela. Eu queria estar cuidando dela. Eu a amava tanto e nem lembro se um dia cheguei a dizer isso a ela.

É, os planos de Deus eu não questionarei jamais. Algum propósito Ele teve nisso. Só falo de um sentimento que tá guardado dentro de mim, de momentos que eu nunca quero esquecer. No dia em que vieram me contar nem precisaram falar, eu já sabia, já havia entendido.

E quem era ela? A minha avó amada. E eu era a sua netinha querida.

Escrever esse texto me trouxe lembranças que estavam arquivadas por um tempo. Foi bom elas terem voltado. Foi bom lembrar desses dias. Nem eu sabia que buscar esses fatos na minha memória iria doer tanto. Quando amamos pessoas e elas ficam longe por um tempo doi mesmo, mas é um dor de amor. E eu agradeço a Deus por ter desfrutado da companhia dela, mesmo que tenham sido poucos anos, mas foram valiosos.

Onde eu guardei isso?




A mudança bagunça muita coisa. Passamos um tempão procurando aonde guardamos certas coisas para poder organizar no lugar certo. Tá tudo fora do lugar. Tô falando da mudança literalmente. Mudei de casa esse final de semana e já tinha esquecido como era isso. Ter que pensar em lugares novos para acomodar minhas coisas antigas. Sair recolhendo peças diferentes e tentar colocar num mesmo espaço. Apesar dos contratempos as mudanças são necessárias.

Da mesma forma quando tentamos mudar algo na nossa vida, precisamos pensar em várias formas para esquecer dos espaços antigos que acomodavam nossos pensamentos e trazê-los para espaços novos. Temos que recolher vários fatores que nos mostram no que poderemos mudar e juntá-los com o próposito de melhorar. Na maioria das vezes sempre tentamos mudar para melhor. O que eu não entendo é como existe pessoas que mudam pra pior. Qual a lógica que tem nisso? Se bem que eu levo em consideração que algumas mudanças são involuntárias, essas são perigosas, pois as pessoas não param nem pra perceber que estão se tornando piores.

Acredito que essa minha mudança vai ser muito boa. Não só a mudança literal, mas existe também uma mudança em mim mesma, de alguns conceitos e modos de agir. Talvez até demore um tempo considerável para organizar tudo, pra que eu possa me achar no meio da bagunça, mas em algum momento vai dar certo. Nada é ruim quando tentamos melhorar. E é isso que eu quero!





P.s.: É, talvez a ideia não tenha ficado muito clara, sei disso, mas tentei. Minha cabecinha também tá precisando de organização.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

" Todo homem morre, mas nem todo homem vive"



Tava pensando hoje sobre esse sentindo da vida. Onde vivemos sempre em busca da felicidade. E cada um busca a sua, da maneira que acreditar encontrar com mais facilidade.

Todo ser nasce e morre, e o que cada um faz nesse intervalo de tempo é de responsabilidade própria, somos nós que decidimos. Vejo que as pessoas estão esquecendo disso, de buscar fazer com que os seus dias sejam melhores. O que acontece é que muitas apenas decidem ligar o "piloto automático" e fazer todas as tarefas do dia sem pensar nelas. Sem decidir o que vai fazer agora ou não. Acho que já me peguei agindo no "piloto automático" bastante vezes. E num é muito difícil perceber isso não. Sabe aqueles dias que acordamos, estudamos, trabalhamos e vamos dormir sem ter tirado nada do lugar, sem tomar nenhuma decisão que realmente poderia mudar o próximo dia? Pra mim, quando isso acontece, classifico como dias perdidos. Porque eu sei que existiram fatos neles que poderiam ter sido diferentes, se eu desligasse apenas alguns minutos da minha programação, tentar mudar a rota, falar com pessoas diferentes, extrair o máximo dele e não só segui-lo.

Eu sempre me pego pensando nisso: Nós temos o costume de achar que somos eternos, que poderemos aproveitar os dias de amanhã e o hoje vai ficando esquecido, mesmo estando nele. Alôo, nós somos finitos, vamos morrer e não sabemos quando. Temos - eu também - que fazer valer a vida enquanto ela nós estar disponível. É igual quando tem aquelas liquidações de um dia, todo mundo corre para aproveitar ao máximo os preços. Precisamos aproveitar pra viver de verdade.