quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012


Escrever sobre saudade é tão bonito. Sentir já não é tanto. Pode até ser a certeza de que o passado valeu à pena. Mas quando você sente saudade de coisas que poderiam ter acontecido e não aconteceu? Sente saudade do que poderia ter dito e foi calado? Ou saudade de quando você tinha certeza de que seguiria aquele caminho, mas não foi? Tudo isso, só nas lembranças, machuca.

Só que eu coloco aquela música e lembro dos momentos reais. Vejo que a saudade é maior do que se imaginava. Sabe aquelas lembranças em que seu coração acelera, dói e ao mesmo tempo você agradece por tê-las? Eu olho as fotos, lembro dos momentos engraçados, divertidos e sinceros. E lembro também dos que não foram fotografados. Lembro de você. Das mensagens, de correr na chuva, da visita inesperada e dos seus abraços. Dos sorrisos, das músicas, do cinema e das perguntas. E todo dia tento repassar algum detalhe. Tenho medo de perdê-los e ficarem esquecidos em algum canto da casa. Eu quero deixá-los no coração, ondem me fazem feliz. Já a saudade... Eu queria mesmo era ter você por perto, não importava aonde. Era só você chegar com esse sorriso, que a saudade tratava rapidinho de arrumar as malas e ir embora.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012


A verdade é que não sei o motivo da ausência de palavras. E eu vivi momentos tão lindos e felizes, que poderiam ter sido descritos de forma encantadora. Poderia sim ter falado dos sorrisos bonitos que encontrei na viagem, dos abraços amáveis, das palavras de alegria, do amor, da amizade, dos encontros e de tudo que se passou no meu caminho. Do medo de andar de avião, da felicidade boba em perceber que depois de um minuto o medo havia passado. Das paisagens belas, das fotos engraçadas, do companheirismo, das festas. Dos dias de sol, do mar gelado e de mais dias de sol. É verdade, também tiveram dias tristes, os que me fizeram chorar até ficar sem fôlego. A saudade, as despedidas, a volta e mais despedidas.  

Tudo acontecendo e as palavras foram sumindo. Mas hoje elas chegaram devagar, envergonhadas e agora estão aqui. E eu sempre espero que seja para ficar.