sábado, 31 de dezembro de 2011


Sabe quando você é criança e ao ganhar um presente quer mostrar para todo mundo? Pois bem, acho que é isso que vou fazer agora. Eu ganhei um texto do meu amigo Danilo. Um presente lindo e encantador. E eu digo presente porque dedicar palavras a alguém é dedicar sentimentos, e esses vieram embrulhados com o belo laço de fita. Já havia gostado antes de saber que era para mim, depois que soube, o sorriso não saiu do rosto. Já li, reli, e não canso de ler. Então, eu agradeço pelo texto, pelas horas de conversas e pela amizade (não exatamente nesta ordem).

"Ela era como aquelas meninas que se balançam nos parques. Subia, pois estava feliz. Feliz com o vento, com a trança no cabelo, com o cheiro das flores que brotavam das plantas. E, continuava subindo, pois o destino lhe parecia formidável.

Ela descia, pois continuava feliz. Feliz por causa das cores, por causa do sol e de seus tons. Pensava em amarelo, deduzia vermelho e exclamava laranja! Deu de cara com colônias de formigas e sentiu uma alegria infinita.

Atravessou a rua, exalando perfume por seus poros. A roupa era sóbria, fechada, austera. Mas o olhar mantinha o brilho dos que sonham, dos que não se complicam. Dos que sabem."
                                                                                                                                 (Danilo Monteiro)



sexta-feira, 30 de dezembro de 2011


Na verdade, acho que devemos agradecer a Deus por todas as coisas que pedimos e Ele não nos concedeu. Já imaginou como seria, nós na nossa incapacidade, pedindo coisas bobas, que de nada serviria para algo concreto e importante? Pensamos no momento e esquecemos que tem coisas muito melhores que podem acontecer, que podem nos fazer bem. Nós achamos que sabemos o que é bom, mas na verdade não temos a mínima ideia. Obrigada Deus, por todas as coisas que não me deste!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011


Nossa vida acaba se tornando um amontoado de anos "repetidos". Todo final de ano nos pegamos refletindo sobre o monte de acontecimentos que se passaram no decorrer dele. Besteiras que dissermos e fizemos, palavras que nos machucam e que talvez tenhamos machucado também, tudo que planejamos e não concluímos.

Nos prometemos mudanças, ano-novo-vida-nova. Mas o tempo vai passando e com ele as promessas que fizemos vão ficando presas nos dias, semanas e meses. Chegamos mais uma vez nesse lindo e harmonioso final de ano, e nossa mente nos faz passar por todo processo novamente.

E agora que estamos perto de riscar o último dia deste calendário, não vou fazer promessas que sei que não cumprirei. Não vou ficar lembrando do que machuca. Não vou me encher de sofrimento, me culpando por projeto não concluídos. O ano passou, e eu vivi, está é a grande verdade. E aprendi a não me esconder da vida. Fui percebendo que não dá para gostar de quem não dá a miníma para você. Vi que é necessário dar um basta naquelas amizades que só nos fazem mal, e que nem deveriam ser descritas como tal. Da mesma forma que descobri que algumas amizades podem ser tornar um refúgio. Chega de gente efusiva. Prontas para falar, mas dificilmente dispostas a ouvir. E não adianta, não vou mais me boicotar. Aprendi o quanto é inválido amar a todos que estão ao meu redor e não me amar. Hoje eu digo com toda certeza, eu me amo e cuido de mim. E vi que isso não é egoísmo.

Que o próximo ano chegue e as pessoas se preocupem cada vez mais em cuidar de si, deixando que o outro também tenha essa opção. Se cada um cuidar da sua vida as coisas vão ficando melhores. Que as pessoas aprendam a guardar as indelicadezas no bolso e estejam dispostas a amar mais. Que leiam muito mais e escrevam corretamente. E que o mundo seja repleto de palavras doces, e de paz.

sábado, 10 de dezembro de 2011


"Peço-lhe neste instante que faça o favor de concordar comigo que uma cicatriz nunca é feia. Isto é o que aqueles que aqueles que produzem as cicatrizes querem que pensemos. Mas você e eu temos de fazer um acordo e desafiá-los. Temos de ver todas as cicatrizes como algo belo. Combinado? Este vai ser nosso segredo. Porque, acredite em mim, uma cicatriz não se forma em um morto. Uma cicatriz, significa: 'Eu sobrevivi'." 
[Do livro "Pequena Abelha" - Cleave, Chris]


Antes eu enxergava as cicatrizes realmente como algo feio e que deveria ser escondido. Hoje já não vejo assim. Aprendi que ela mostra que sobrevivemos a cada etapa. Que esta etapa pode nos ter machucado demais, mas passamos. Não me envergonho, admiro cada uma das que tenho. Admiro também todas as pessoas que não a maquiam, que não tentam mostrar ao mundo que nada sofreu. Porque na verdade, estamos cheios delas.