terça-feira, 28 de setembro de 2010


   Tenho me sentido um pouco só. Acho que isso deve acontecer com todo mundo. Parece que sou eu, minhas músicas, meus textos, meus livros e uma rua enorme que eu tenho que andar sozinha, no escuro, sem ninguém pra segurar na minha mão.
     Sempre achei importante a gente ter alguém pra segurar a nossa mão pra dizer que tá tudo bem, por mais que o mundo esteja um caos e tudo pareça confuso. Mas me pergunto até que ponto as coisas são suficientes, até que ponto as pessoas bastam, até que ponto sua mãe, pai, irmã, namorado, amigo, cachorro servem. É claro que eles servem, não me interprete mal. Mas até que ponto eles suprem as suas necessidades. Existem coisas que são só nossas, isso ninguém tira. Por isso muitas gente faz terapia, pinta, toca violão, escreve, corre. A gente precisa de uma válvula de escape da gente mesmo e dos outros.
     Estou sentindo que ultimamente minha vida é pra dentro, me descobrindo, tentando encontrar algumas peças perdidas. Tem uma diferença entre estar sozinha e se sentir sozinha. No momento, me sinto. Sei que é só eu pegar o telefone e ligar para alguém que eles virão, mas a questão não é essa. Mesmo com alguém junto isso não passaria. Acredito que existem fases, ciclos, começos, recomeços. E acho que eu estou bem no meio de um deles.

Um comentário:

  1. Você consegue falar de coisas que todo mundo fala com uma diferença: sem ser lugar-comum.

    ;D

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