segunda-feira, 6 de junho de 2011


"Quando coração está mandando, todo tempo é tempo."
[Guimarães Rosa]

E não adianta. Vou seguir sempre o meu coração. Sempre, sempre e sempre. Porque por mais que as situações lutem desesperadamente para que eu seja racional, não consigo. Eu não sei tomar nenhuma decisão se não tiver com o brilho nos olhos, o coração leve e a mente tranquila. Não sei viver calculadamente. Não seria eu.

Posso até mudar de opiniões e conceitos, mas nunca de princípios. E eu que antes formava conceitos sobre pessoas e coisas que via pela primeira vez, abri mão desse também. De vez. Aprendi que por mais que você acha que sabe sobre algo, sempre podem te surpreender. E gosto dessa nova visão, de ver muito além das aparências. Está me fazendo bem.

Continuo apreciando o simples, o despretensioso, o natural. O complicado me aborrece, me cansa, me faz querer distância. "Não me importa seu sobrenome, onde você nasceu, quanto carrega no bolso". Gosto de pessoas de graça. Ou gosto ou não gosto. Escolho pelo cheiro, sinceridade e brilho nos olhos. Não precisa de nenhum motivo aparente. As afinidades são criadas de forma invisível. E esses laços invisíveis vão tecendo essa grande teia no meio de onde vivemos.

Gosto de mostrar o quanto as pessoas são importantes para mim. Acho necessário. Escrevo, falo, dou sinal de fumaça. Abraço forte, dou atenção, escuto. Nada premeditado, fluem naturalmente. É de mim. As pessoas precisam saber o que são para nós. Ou eu vou ter que esperar algo ruim acontecer para me lastimar, para dizer que importava? E não é porque eu falo, que quero ouvir. Só quero o que for sincero. O que for do coração.


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