quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Caneta de tinta



Talvez o segredo seja apenas escrever, sem pensar nas mil hipóteses. Quem vai ler? Vai gostar? Vai pensar que aconteceu mesmo ou acreditará que é apenas um conto? Vai dizer que leu ou vai guardar para si? Vai entender ou imaginar outra coisa?

E assim, a folha fica, mais uma vez, em branco. Fica mais uma vez esquecida. E o que queria sair fica guardado, e vai apertando por dentro. Vai sufocando. Porque só alivia quando as palavras saem, voando ou marcando. Precisam ser ditas, escritas, externalizadas. Elas precisam sair por ai, buscando novos olhos, novas formas de pensar.

O exercício é desenhá-las sem medo de errar. Nada de usar lápis grafiti e borracha, eu quero mesmo é caneta de tinta. E se eu errar, escrevo de novo, e de novo, e de novo, e de novo...

6 comentários:

  1. O segredo dos grandes escritores e deixar o sentimento falar mais alto.


    bjokas =)

    ResponderExcluir
  2. Passei um tempo enorme te lendo. É por demais belo. Decodificar-te é um prazer raro.
    Quem pensa nas hipóteses pensará até que cheguem a milhares, e assim, não escreve, não tenta, não vive. O que alguém precisa escrever, outro alguém precisa ler - é por isso que se escreve. Quando se erra ou se acerta, escreve-se de novo, e de novo, e de novo.
    Beijosss

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada por passar esse tempo vendo um pouquinho de mim, Lucas!
      Fique por aqui, será sempre bom ler palavras tão atenciosas!
      Beijo

      Excluir
  3. Viva, risque, rabisque... O importante é sempre continuar tentando!

    ResponderExcluir